Neste texto Ulpiano nos confronta com teorias e práticas encontradas em nossos museus, convidando a refletir sobre nossos objetivos, intenções, percursos e seus resultados. De forma despudoradamente autoral e ao mesmo tempo permeado de orientações fundamentadas, questiona quanto esses resultados podem estar distantes de suas justificativas teóricas.
Através da constante reflexão sobre como nomeamos nossas iniciativas dentro dos museus e como as executamos, propõe uma operação por negatividade na construção de conceitos do que chamamos educação crítica, produção de conhecimento, materialidade como geradora e apropriação e subordinação da técnica às diretrizes verdadeiramente educacionais.
Acima de tudo apresenta uma provocação para que reexaminemos honestamente nossas práticas buscando aproximações com o impulso verdadeiro, original de museu como espaço de educação crítica, não formal, apropriação, construção coletiva de conhecimento. Difícil mas não impossível. E de passagem adverte: iniciativas sérias de realizar este plano passam pelo reposicionamento de todos os setores de nossas instituições, de um aprimoramento nos currículos de nossos cursos orientados para a competência profissional que possibilite operar esse reposicionamento e efetivá-lo, orientados pelo eixo na cultura material.
Para tanto precisa-se abandonar manuais e projetos civilizatórios ou meramente transmissionistas para implentar o verdadeiro Museu para todos.
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