Textos em discussão
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
1 - Maria de Lourdes Parreiras Horta
Texto indispensável pela participação que possui na construção dos conceitos fundacionais do que conhecemos como Educação Patrimonial em nosso país, que trata das possibilidades do ensino centrado no objeto cultural a partir dos acervos de Museus.
A través do estudo de experiências internacionais de ensino através da cultura material, explora o papel do objeto como elo entre a pessoa e o conhecimento, no caso a criança em idade escolar, frequentadora de Museus como atividade educacional complementar.
Acima de tudo apresenta uma proposta de conceituação e a proposta de uma metodologia específica que através do estudo das diferentes fases de maturação sensorial e cognitiva dentro dos processos de aprendizagem, envolvendo curiosidade, afetividade e memória na construção de um método de Educação Patrimonial.
2- Ulpiano de Bezerra Menezes
Neste texto Ulpiano nos confronta com teorias e práticas encontradas em nossos museus, convidando a refletir sobre nossos objetivos, intenções, percursos e seus resultados. De forma despudoradamente autoral e ao mesmo tempo permeado de orientações fundamentadas, questiona quanto esses resultados podem estar distantes de suas justificativas teóricas.
Através da constante reflexão sobre como nomeamos nossas iniciativas dentro dos museus e como as executamos, propõe uma operação por negatividade na construção de conceitos do que chamamos educação crítica, produção de conhecimento, materialidade como geradora e apropriação e subordinação da técnica às diretrizes verdadeiramente educacionais.
Acima de tudo apresenta uma provocação para que reexaminemos honestamente nossas práticas buscando aproximações com o impulso verdadeiro, original de museu como espaço de educação crítica, não formal, apropriação, construção coletiva de conhecimento. Difícil mas não impossível. E de passagem adverte: iniciativas sérias de realizar este plano passam pelo reposicionamento de todos os setores de nossas instituições, de um aprimoramento nos currículos de nossos cursos orientados para a competência profissional que possibilite operar esse reposicionamento e efetivá-lo, orientados pelo eixo na cultura material.
Para tanto precisa-se abandonar manuais e projetos civilizatórios ou meramente transmissionistas para implentar o verdadeiro Museu para todos.